domingo, 10 de fevereiro de 2013

O porquê da dúvida


"Sua tendência para a dúvida pode se tornar uma boa qualidade se o senhor a educar. Ela precisa se tornar saber, precisa se tornar crítica. Pergunte a ela, a cada vez que quiser estragar algo seu, por que algo é feio, exija provas dela, teste-a, e o senhor talvez a deixe indecisa e confusa, talvez revoltada. Mas não desista, reivindique argumentos e aja assim, de modo atento e coerente, a cada vez. Dessa maneira chegará o dia em que sua dúvida se converterá de uma destruidora em sua melhor colaboradora".

Todos nós em algum momento das nossas vidas duvidamos de algo. Duvidamos de que papai Noel existe e de que as nuvens não se movem, mas a terra é que gira. Duvidamos de tantas coisas da vida e chegamos numa certa idade aonde achamos que sabemos tudo, mas acabamos nos surpreendendo quando nos deparamos novamente com as incertezas. O texto citado acima é do livro: Rilke-cartas a um jovem poeta. Quando o famoso poeta escreve para o caro senhor Kappus, um aspirante a poeta. A parte mencionada relata uma reflexão sobre a dúvida que permeia a vida do senhor Kappus. A mesma duvida que inquieta os nossos corações uma vez ou outra.

O motivo de trazer a dúvida à tona, é de que na verdade ela pode ser de grande serventia para o nosso amadurecimento. Pois as indecisões que nos ocorrem nos levam a refletir sobre as possíveis respostas à vida. Será que eu estou no trabalho certo? Eu quero trabalhar com isso pra o resto da minha vida? Será que essa pessoa com quem me relaciono hoje é a mesma pessoa que eu quero viver durante anos a fio? Quem nunca se fez estas perguntas? Quem nunca se angustiou com tantas incertezas indo ao seu encontro? Bem, aqueles que ainda não se inquietaram um dia irão se questionar sobre algo em suas vidas, pois assim como o nosso caro senhor Rilke somos feitos de suspeitas, de interrogações. Por quê? O que? Como? Quando? Meu Deus dê-nos direção. Aí está um bom lugar para se encontrar respostas: o divino. Encontramos sentenças valiosas que descrevem a situação humana com uma clareza rara e podem nos levar a conclusões racionais e concretas. Encontramos axiomas supremos que nos dirigem a lugares de quietude e nos saciam de respostas.

A dúvida é boa, quando sabemos utilizá-la com sabedoria. Quando decidimos o que temos de abrir mão e o que temos de adquirir. Porque vivemos uma vida de receios, medo e fragilidades. Um mundo apressado que não espera as nossas perguntas e não nos dá respostas. É saudável duvidar. Perguntar a si mesmo se o caminho em que se está tem razão de ser percorrido, e, se não houver razão qual o motivo que tem me levado a andar por este caminho? Qual o sentido de viver como eu vivo, de fazer as coisas que faço? Como essas coisas irão refletir na minha vida daqui a 10 anos? Será que eu vou melhorar a vida daqueles que estão ao meu redor? Ou até melhorar a minha vida? Fica o conselho do poeta: “ Ela (a dúvida) precisa se tornar saber, precisa se tornar crítica. Pergunte a ela, a cada vez que quiser estragar algo seu, por que algo é feio, exija provas dela, teste-a, e o senhor talvez a deixe indecisa e confusa, talvez revoltada”.

“Duvide se quiser duvidar”

Hugo

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Pré-requisito da graça.


O significado de graça é favor imerecido. É algo que não merecemos receber. Isso implica que somos desprovidos desse benefício, e o recebemos de uma fonte que a possui. Falar sobre a graça de Deus é simplesmente mergulhar em Jesus. É perceber a multiforme ação agraciadora de Deus no nascimento, no ministério e na morte e ressureição dele.
A bíblia nos fala que somos salvos pela graça de Deus, mediante a fé. Quando pensamos em Deus salvando um pecador, na maioria das vezes imaginamos que Ele de livre e espontânea vontade resolveu livrar uma alma do inferno. E esquecemo-nos dos pré-requisitos desencadeadores do favor imerecido. Esses pré-requisitos testificam da justiça de Deus, e nos explicam o porquê de não alcançarmos sozinhos a salvação.
Uma boa definição do que seja fé, encontra-se na bíblia no livro de Hebreus no capítulo 11, verso 1. Mas essa definição nem sempre foi tão clara assim para mim. É por isso que eu defino fé como sendo um exercício contínuo de confiança em Deus. Ressaltando que o conceito bíblico sobrepõe o meu conceito, pois essa minha definição nada mais é do que simplificar o que está nas escrituras.
A presença da fé é necessária para que a bondade de Deus seja contemplada claramente pelo pecador. E a graça maravilhosa do Altíssimo venha a alcançar o homem que está morto em seus pecados. É como se a fé fosse a via designada por Deus para liberar a graça. Temos então que crer nas suas promessas de vida e perdão, compreender o verdadeiro arrependimento, e esperarmos na sua salvação.

No livro de Romanos (também na bíblia) capítulo 5 e versos 1 e 2, está escrito que nós somos justificados pela fé, e que por ela temos alcançado esta graça. Quando cremos em Cristo, recebemos a justificação. Não estamos mais debaixo da ira, mas fomos justificados pelo seu sangue. E é por crermos em seu sacrifício, que recebemos a graça salvadora de Deus.

Deus disse a Adão que se ele comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente ele morreria. Portanto, nós sabemos que essa morte não aconteceu logo após a queda, mas que Adão foi visitado por Deus, que sacrificou um cordeiro para vesti-lo. O motivo de Adão não ter morrido logo após comer do fruto, foi a promessa de redenção feita por Deus. E esse cordeiro que foi sacrificado no princípio, já apontava para a obra de Cristo na cruz.

A morte de Cristo na cruz satisfaz a justiça de Deus, já que trocamos os nossos pecados pela sua justiça. É por isso que a fé testifica da justiça de Deus. Pois por meio dela somos inocentados de nossos pecados, e justificados perante Deus.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Dizer sim ou não à pena de morte? Será que uma resposta apenas basta?


Às vezes eu me pergunto o que se passa na mente de alguém, que sabe o dia da sua morte. O que ele sente? Quais são as sua angustias e, os seus arrependimentos? Será que ele tem do que se arrepender? Será que os seus sentimentos não estão cauterizados, pela dor, pelo rancor?

A verdade é que eu não tenho as respostas. Eu não sei qual a sensação de um homem condenado á morte. Talvez a psicologia tenha muito a nos dizer sobre o assunto e, com certeza tem. Mas o que chamo a atenção de você que lê esse texto é, para o universo complexo que permeia a pena de morte.  Pois o indivíduo está condenado, prestes a sair desse mundão de meu Deus. Aflito, vencido, rancoroso. Talvez seja um terrorista, ou um serial killer. Talvez seja inocente. Foi confundido por um jovem, como um estuprador selvagem. Existe um mundo de possibilidades que tecem a condenação à pena de morte, mas a maioria de nós somente argumenta se é contra ou a favor. Como se, ser contra ou a favor eliminasse as controvérsias e as contradições. Por exemplo, na maioria dos países se defende o direito à vida e à liberdade. A própria ONU declara estes direitos como inerentes a todos os seres humanos. No entanto, os EUA, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e fundador da organização. Permite oficialmente a pena de morte em 36 dos seus 50 estados. É algo muito contraditório. Mas enfim, eu não quero aprofundar-me no assunto que é muito complexo, mas eu prometo investigar mais sobre o tema e trazer mais informações.

No fim, fica o meu questionamento. Dizer sim ou não à pena de morte? Será que uma resposta apenas basta?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Brasil! Mostra tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim.
A minha opinião é que não temos as oportunidades que deveríamos ter. Não existe um sistema de saúde qualificado, que atenda essa enorme população necessitada de assistência. Não possuímos meios eficazes para o ingresso dos jovens nas faculdades, e por isso temos a menor taxa de jovens na universidade da América Latina.  Somos um povo sem educação e responsabilidade ambiental. E não temos consciência ecológica, que nos faça meditar sobre o consumismo desenfreado, e os efeitos causados por ele.

O nosso enorme país, com maravilhas e belezas singulares, sem dúvida alguma deixou de ser nosso. Ele pertence aos 10% mais sortudos desse mundo. Que detém 90% das riquezas nacionais. E os 90% mais iludidos, continuam assistindo à novela das 09:00 hs. Sem compreender a real situação dessa nação, que se tornou gigante no exterior. E encolheu a expectativa de um povo. Mas afinal, somos um país em desenvolvimento, e dirigimo-nos rumo à extinção da pobreza. Por que reclamar quando nos dão pão e circo (ex: carnaval), e o momento é oportuno para comprarmos os bens tão sonhados (ex: redução do IPI)? É porque não arraigamos o nosso desenvolvimento numa cultura educacional (ex: Finlândia). Mas preferimos crescer vendendo e comprando. É rápido, traz resultados e não é preciso pensar muito nas consequências. Afinal o mundo não é de quem protege a natureza, mas de quem faz dinheiro.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Estou fazendo minha primeira postagem e estou muito entusiasmado com o blog. Quero ter as minhas reflexões divulgadas, e claro achar alguém que possa ler o que escrevo.
Pretendo escrever sobre tudo o que me cerca, enfim, sobre tudo. Eu pretendo falar sobre direito, idiomas, pessoas, livros, música e o que eu acho da vida. Não sei ainda usar a ferramenta com agilidade mais aos poucos eu aprendo. Mas só pra registrar: a sensação de publicar suas ideias é genial!!!
Agora é só praticar e escrever algo interessante né!